top of page

LIVROS PARA ENTENDER O 8 DE MARÇO

Atualizado: 1 de abr. de 2020

Dia oito de março é o Dia Internacional da Mulher. Sendo assim, separamos alguns livros poderosos, escritos por mulheres, com o tema feminismo. Leituras obrigatórias para uma boa convivência na sociedade do empoderamento feminino.


O segundo sexo, Simone de Beauvoir


A "Bíblia" do feminismo. Publicado em 1949, mas ainda atual e realista. Simone de Beauvior aborda conceitos que foram, e são, adotados por diversas vertentes do movimento feminista. Com o tema central de “ser mulher”, o texto cita a condição sexual, psicológica, social e política deste atoao longo da história e conclui que os seres do sexo feminino foram historicamente definidos como “o outro”, deixando o “eu” como papel masculino na sociedade patriarcal.


O Mito da Beleza: como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres, Naomi Wolf


Clássico que redefiniu a visão a respeito da relação entre beleza e identidade feminina. A jornalista Naomi Wolf expõe, com dados estatísticos, a tirania do mito da beleza ao longo dos tempos, afirmando que o culto à beleza e à juventude da mulher é estimulado pelo patriarcado, atuando como mecanismo de controle social e prejudica as conquistas das mulheres.


Sejamos todos feministas, Chimamanda Ngozi Adichie


Neste ensaio, a escritora nigeriana questiona o que é ser feminista no século XXI. Em uma narrativa repleta de memórias sobre suas experiências pessoais, Chimamanda reflete sobre o processo de reconhecimento do seu lugar de fala como mulher negra, nigeriana e feminista. A leitura nos leva a pensar sobre o que ainda é preciso ser feito para que meninas possam decidir sobre suas vidas e que os meninos cresçam livres de todos os tipos de masculinidades tóxicas. A obra é uma adaptação do discurso sobre igualdade e fuga dos estereótipos que fez no TEDx Euston, em 2012.


Um teto todo seu, Virginia Woolf


Baseado em palestras da autora, o livro é um grande ensaio romanceado que nos traz reflexões sobre a opressão feminina e sua influência na produção literária por mulheres. A tese central de Woolf é simples: uma mulher só é capaz de produzir literatura se for financeiramente independente e tiver, como diz o título, um teto todo seu.



Clube da Luta Feminista, Jessica Bennet


“Era uma vez um clube da luta — mas sem a luta e sem os homens.” Clube da Luta Feminista é simplesmente, um guia bélico e sarcástico para sobreviver ao machismo corporativo. Com alusões ao Clube da Luta (Chuck Palahniuk), a jornalista Jessica Bennet reúne histórias pessoais de seu clube da luta da vida real e acrescenta pesquisas, estatísticas e conselhos empoderados.


Eu sou Malala, Malala Yousafzai


A jovem paquistanesa Malala Yousafzai, uma das principais ativistas dos direitos das crianças e das meninas, vem lutando contra um sistema machista para garantir o acesso à educação para meninas e mulheres. Eu sou Malala, escrito em parceria com a jornalista britânica Christina Lamb, relata sua história de vida e o atentado contra ela em 2012, quando foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro do ônibus voltado da escola.


Eu sei por que o pássaro canta na gaiola, Maya Angelou


O livro conta a história de Marguerite Ann Johnson, uma garota negra, criada pela avó no sul dos Estados Unidos, na década de 1930, em meio a segregação racial. Marcada por um trauma, a personagem mergulha em total silêncio, cujo alívio é encontrado através da literatura. Angelou, escreve para libertar uma voz que, muitas vezes, é silenciada. Uma obra densa.


O conto da aia, de Margaret Atwood


Escrito em 1985, Atwood nos traz um futuro muito próximo, onde não existem mais jornais, revistas, livros ou filmes; as universidades foram extintas; e os advogados não são mais necessários, porque ninguém tem direito a defesa. As mulheres são as principais vítimas, divididas em categorias, cada qual com uma função muito específica. A categoria de aia existe unicamente para procriar, depois que uma catástrofe nuclear tornou estéril um grande número de pessoas. As não-mulheres, como são chamadas aquelas que não podem ter filhos, as homossexuais, viúvas e feministas, são condenadas a trabalhos forçados nas colônias, lugares onde o nível de radiação é mortífero.




As Alegrias da Maternidade, Buchi Emecheta


Nnu Ego, filha de um grande líder igbo na região de Ibuza, sem conseguir dar um filho ao seu marido, é enviada como esposa a Nnaife Owulum, em Lagos. Para se tornar uma “mulher completa” Nnu leva uma vida precária com a missão de criar e educar os filhos. Emecheta desenvolve, com um enredo envolvente e personagens fortes, um retrato bastante crítico da sociedade colonial da Nigéria. Entretanto, a essência deste livro não se encontra na crítica ao colonialismo, mas sim na condição vulnerável da mulher na sociedade nigeriana.


Otária, Márcia Tiburi


“Naquele dia escolhemos mal a otária. A otária é reconhecida no meio da multidão dentre outras que trafegam indo de um lugar para o outro pelas falhas na camuflagem. Batom rosa no lugar de lábios secos, meias de seda no lugar da pele. Não gostamos das safadas, as que olham de esguelha. Uma alça de sutiã aparecendo é motivo para classificá-la entre as fáceis.” Com esse “tapa na cara”, Márcia Tiburi nos leva ao universo kafkiano contemporâneo. Doutora em filosofia, Tiburi discute o papel submisso da mulher na sociedade.




Post: Blog2_Post
bottom of page